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Polli Contábil
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O fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão financeira de extrema importância. Através dele, os administradores obtêm as informações necessárias para uma tomada de decisão de qualidade. Ainda assim, a aplicação do fluxo de caixa no terceiro setor gera confusão e dúvidas.
Muitas dessas confusões são causadas pela forma de arrecadação de recursos e pelo fato de a instituição prestar serviços sem fins lucrativos. Independente disso, as instituições do terceiro setor precisam de um financeiro saudável.
Dessa forma, o fluxo de caixa tem grande importância para manter a saúde financeira das instituições do terceiro setor. O ideal é que elas sejam capazes de manter um fluxo positivo, com um controle de entradas e saídas e mantendo sua capacidade de pagar seus credores nos prazos.
Um controle do fluxo de caixa bem feito envolve o conhecimento da origem de todas as doações, investimento e de todos os custos da instituição.
O fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão que consiste na comparação e controle entre todos os recebimentos e todas as saídas. Essa atividade administrativa requer um grande nível de detalhamento, já que demonstra se há ou não dinheiro disponível em caixa para realizar investimentos e o pagamento de despesas.
O registro dessa informação deve ser feito na efetivação de um recebimento ou de uma saída. Ou seja, quando uma doação é feita, ela precisa ser imediatamente registrada no fluxo de caixa. Da mesma forma, ao pagar algum credor, a saída também precisa ser prontamente registrada.
Dessa forma, o fluxo de caixa é parte importante para a demonstração financeira das instituições do terceiro setor, já que é através dele que é possível avaliar a real situação das finanças.
O fluxo de caixa é dividido em três modelos diferentes, sendo eles relacionados com operações internas e externas.
— Fluxo de caixa operacional: relacionado com o capital de giro da instituição e gerado por suas operações internas. Ele é o resultado de ações de arrecadação de recursos, venda de produtos e eventos internos.
— Fluxo de caixa de investimento: está ligado às atividades não-operacionais da instituição, como a compra/melhora de ativos fixos. Por exemplo, móveis e carros.
— Fluxo de caixa de financiamento: se refere ao acompanhamento dos valores que chegam a partir de fontes externas, como doações, investidores e financiadores. Nesse sentido, deve ser feito um controle rígido de todos os recebimentos e pagamentos feitos pela instituição.
Para ter um fluxo de caixa de qualidade, os gestores das instituições do terceiro setor precisam entender a importância dessa ferramenta para manter a saúde financeira do órgão. Além disso, uma gestão financeira de qualidade é essencial para que as entidades conquistem sua sustentabilidade. Nesse cenário, o fluxo de caixa se torna indispensável, já que ele auxilia o processo de tomada de decisões e melhora a aplicação dos recursos da instituição.
A aplicação do fluxo de caixa não exige conhecimentos específicos, afinal ele é uma anotação diária de todos os valores que entraram e saíram do caixa. Entretanto, é um processo que exige dedicação e atenção de todas as pessoas ligadas à área financeira da instituição.
Isso porque, para que ele funcione da maneira correta, é necessário que todas as entradas e saídas sejam catalogadas. Desde os poucos centavos gastos, até o pagamento do salário dos funcionários.
Sendo assim, a utilização de softwares de gestão voltados para o terceiro setor são uma opção para facilitar o controle do fluxo de caixa e a interpretação das informações fornecidas por ele.
As instituições do terceiro setor se mantêm em atividade graças a doações, entretanto, essa não é uma fonte de renda constante. Dessa forma, os valores que entram no caixa da entidade variam mensalmente.
Apesar das inconstâncias da arrecadação, as despesas são contínuas, como gasto com aluguel, luz, telefone e funcionários. Sendo assim, a instituição precisa estar preparada para cumprir com essas responsabilidades.
Nesse cenário, o fluxo de caixa atua como ferramenta que permite ao gestor visualizar o panorama financeiro da instituição. Consequentemente, ele está melhor preparado para tomar as decisões certas para o futuro da entidade.
É exigido transparência das instituições do terceiro setor, principalmente, em relação às finanças. Sendo assim, um fluxo de caixa detalhado, no qual estão comprovadas todas as despesas, é essencial para a transparência das atividades realizadas.
Além de legitimar as atividades das instituições do terceiro setor, o fluxo de caixa também é importante para manter as entidades funcionando e com condições de atender a comunidade.
Uma boa administração financeira é um diferencial no momento de angariar doações e recursos externos responsáveis por manter a instituição atuando.
Um fluxo de caixa bem feito mostra à comunidade que os recursos estão sendo utilizados corretamente. Além disso, possibilita aos gestores criar um planejamento compatível com a disponibilidade de recursos.
Além de auxiliar na transparência e na avaliação da saúde financeira das instituições, o fluxo de caixa tem importância para outras atividades. Por exemplo:
— Formas de aplicar corretamente os recursos
— Facilitar o processo de prestação de contas
— Possibilitar uma visão mais ampla da condição financeira da entidade
— Ajudar na captação de novos recursos
— Avaliar os gastos previstos com os efetivamente executados
— Analisar se as atividades do planejamento foram devidamente alcançadas ou cumpridas
— Ajuda a priorizar as decisões que precisam ser tomadas e definir os rumos que a entidade deverá seguir
— Aumentar o controle dos gastos e despesas
— Controlar assertivamente o que é feito com os recursos públicos destinados à instituição, evidenciando com isso, a seriedade com que o trabalho é feito.
Dessa forma, fica claro a importância da construção de um fluxo de caixa para as instituições do terceiro setor. Entretanto, essa ferramenta de gestão é essencial para o sucesso de qualquer empresa. Seja ela, pública, privada e privadas voltadas a prestação de serviços públicos.